Advertência: temos uma história importante para contar, mas, por causa de todas as complicações envolvendo protagonistas e antagonistas, decidimos ser bem didáticos. Venha conosco.
Capítulo 1
Os problemas
1. A Guarapiranga sofre, há tempos, com as ocupações irregulares no seu entorno.
2. Os loteamentos clandestinos – cada vez mais numerosos, diga-se de passagem – são (também) responsáveis pela poluição que destrói a pobre represa paulistana. Esgoto In Natura sendo despejado, volumosa e continuamente, nas águas indefesas...
Capítulo 2
As soluções
1. Derrubar as inúmeras construções estabelecidas ali no entorno, deixando cerca de 1 milhão (!!) de pessoas desabrigadas (e enlouquecidas).
2. Promover o serviço de saneamento básico (coleta, afastamento e tratamento dos esgotos) em toda a região, garantindo que a Guarapiranga não mais receba dejetos humanos (porque ninguém merece).
Capítulo 3
Os entraves
1. A Lei impede que seja estabelecida infraestrutura de esgotamento sanitário em áreas ocupadas de forma irregular.
2. A Sabesp – concessionária responsável pelo fornecimento de água e pelo tratamento do esgoto produzido por aqueles que residem no entorno da Guarapiranga – cruza os braços e se esconde atrás de uma legislação desconectada com a realidade atual.
Capítulo 4
O final feliz tão, tão distante
A ANGua, por princípio, não tem intenção de mudar a lei, mas, sim, de lutar para que a lei seja cumprida por todos.
Acontece, prezado(a) leitor(a), o seguinte: analisando todo esse cenário e dada a urgência de solucionar ou amenizar o problema, não há outro caminho que não seja mexer na legislação!
O nome diz tudo: saneamento é básico. É crucial! É, muito provavelmente, a única esperança de salvação para a principal fonte de fornecimento de água da região metropolitana de São Paulo.
Não agir nessa direção – como a Sabesp insiste em fazer – é não só vergonhoso, como também covarde e absolutamente irresponsável!
Alô, alô, municipalidade: o que vocês, caros vereadores, eleitos para defender e salvaguardar os direitos da população, nos dizem? Vamos rever as leis no que diz respeito a ocupações irregulares? Leis, aliás, que os senhores mesmos criaram e que, por falta de fiscalização (!!), não são cumpridas.
Nosso final feliz está tão, tão distante, ou há fé de que isso aconteça logo para alívio de toda a população que depende da Guarapiranga?
Capítulos ainda a serem escritos...
Caro Walter, a OIDA (Operação Integrada de Defesa das Águas), que você integra, não abre espaço para a participação da sociedade civil, organizada ou não. A "Plataforma" a que você se refere é, ou poderia ser, a própria OIDA...
CLARO PARABENS SE QUIZEREM REALMENTE DISCUTIR A ESSENCIA DESTA PLATAFORMA. AGORA SO O ITEM 2 na segunda parte ahaaaa a quem interessa??
Ja fiz propostas anteriores de uma instancia de governança permanente da Represa. Estranho que uma represa vital para a cidade com EMAE, SABESP, 11 PARQUES E CERCA DE 30 CLUBES, MARINAS, 3 SUBPREFEITRAS, sede da GCM, Bombeiros tudo na orla nao se tenha até agora uma governança integrada. E xororo de cada interesses picado e o desastre anunciado. O que impede que se constitua umamesa de solução com caramas e equipe trabalhando? esta proposta acima e similar "corregi limpo", limpa inaugura equipamentos, deixa sem corresponsabilidade e anos depois volta ao mesmo e novo xororo de reclamações. Que heroi necessitamos?
Um nó desta tragédia é o fato de que figuras nefastas empossados como "vereadores" que constriuiram sua base eleitoral e sua fortuna familiar com base nestas invasões e na facilitação de todas irregularidades fundiárias relacionadas. Na prática existe um "loteamento politico" do entorno da represa. As invasões em cada região são controladas por um determinado vereador que reeleito ano após ano exatamente pela população invasora que dele dependem para as "regularizações". Assim é virtualmente impossivel que se viabilizem mudanças legais pois estes vereadores nunca vão deixar que seus "esquemas" sejam ameaçados.